Escatologia BIblica
ESCATOLOGIA
A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO DE JERUSALÉM
A reconstrução do templo de Jerusalém já é debatida pelas autoridades de Israel. Donativos já estão chegando para isso. O parlamento de Israel já se ocupa do assunto. Essa construção pode ser muito rápida devido às modernissimas técnicas empregadas em construção. Quando na guerra de 1967, Israel retomou a parte antiga de Jerusalém, que encerra o remanescente das muralhas do templo, um idoso historiador judeu (citado pela revista TIME), disse: “Agora chegamos ao mesmo ponto em que Davi chegou quando conquistou Jerusalém. Da conquista de Jerusalém por Davi, até o momento em que Salomão construiu o templo, houve apenas uma geração. Assim será também”.
Conosco”.
O templo em consideração aqui é o da Tribulação (2 Ts 2.4; Mt 24.15), que será destruído naqueles mesmos dias. O profeta Zacarias diz que “a cidade será tomada”. Apocalipse 11.1 ,2 também fala da destruição desse templo. A passagem em apreço fala de medição do sentido de destruição. E também o caso de Salmo 60.6 e Lamentações 2.8. A destruição deste templo poderá ser causada também por terremoto, como os mencionados em Apocalipse 11.13 e 16.18,19.
O retorno total dos judeus à sua terra, dar-se-á por ocasião da revelação de Cristo para o estabelecimento do Milênio - um reino teocrático proeminentimente judaico (Mt 24.3 1; Is 11.11,12).
PREDOMINÂNCIA DE UMA CONFEDERAÇÃO DE NAÇÕES
No dia 23 de maio de 1957, foi assinado um tratado em Roma, o qual, sem dúvida, foi o primeiro passo do cumprimento de uma antiga profecia de Daniel sobre a existência de urna confederação de nações, como única forma de expressão do poder gentílico mundial. A profecia está no capítulo 2, e se repete no capítulo 7 de Daniel. No Apocalipse, ela é vista à partir do capítulo 13.
O dito tratado teve vigência a partir de 1~ de abril de 1958. O objetivo fundamental do tratado é a unificação da Europa mediante a formação dos Estados Unidos da Europa. Os seis países membros fundadores foram: Itália, França, Alemanha Ocidental, Holanda, Bélgica e Luxemburgo. Novos membros foram admitidos mais tarde.
SIGNIFICADO PROFÉTICO DESTA CONFEDERAÇÃO DE NAÇÕES.
Esta coalização de nações a ser formada, segundo a profecia, na área geográfica do antigo Império Romano, está predita em Daniel 2.33,41-44; 7.7,8,24,25; Apocalipse 13.3,7; 17.12,13. Não se trata de uma restauração literal e total do antigo Império Romano, tal como ele existiu, mas uma forma de expressão final dele, pois, conforme a palavra profética em Daniel 2.34, a pedra feriu a estátua, nos pés não nas pernas. As duas pernas representam o Império Romano dividido em dois, fato que teve lugar em 395 d.C. O império ocidental, com sede em Roma e, o oriental, com sede em Constantinopla. Foi nessa condição que ele deixou de existir como duas pernas. O império ocidental caiu em 476, e o oriental, em 1453 d.C.
A profecia bíblica destaca: “as pernas de ferro, os pés em parte de ferro, em parte de barro “~(Dn 2.3 3). O Império Romano sob a forma das duas pernas, da profecia, já ocorreu, mas sob a forma de dez dedos dos pés (artelhos), nunca existiu. Portanto, está claro que Daniel 2.41-44 ainda não se cumpriu. Não é o caso dos versículos 3 2-40 que já pertencem à história. Basta ler os versículos 40 e 41 para notar que, entre estes dois, há um hiato de tempo.
DESTRUIÇÃO DA NAÇÃO DO “NORTE” E SEUS SATÉLITES.
O aluno deverá, ao iniciar a leitura deste Texto, ler por inteiro os capítulos 38 e 39 de Ezequiel e o capítulo 2 de Joel. Temos nessas profecias a descrição da invasão de Israel por uma ~naçáo do “Norte”, nos dias finais da era atual. Ver as expressões “no fim dos anos “, e “nos ‘últimos dias”, em Ezequiel 38.8,16.
A INTERVENÇÃO DIVINA
O invasor e seus aliados serão totalmente derrotados e arruinados no próprio território de Israel, por intervenção divina direta. “Nos montes de Israel cairás, tu e todas as tuas tropas, e os povos que estão contigo; a toda espécie de aves de rapina e aos animais do campo eu te darei, para que te devorem. Cairás em campo aberto, porque eu falei, diz o Senhor Deus. “(Ez 39.4,5).Deus intervirá porque Israel é o Seu povo e Sua possessão. Em Ezequiel 38.16, Deus chama Israel de“o meu povo “, e “a minha terra “. Isto é altamente significativo e deveria servir de aviso a todos aqueles que se levantam contra Israel. Deus afirmou a Abraão no passado:
“Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e Dã tua descendência. Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus.”
(Gn. 17.7,8). bueno14 bueno15 face - francar4
Esta nação, de que trata as profecias já mencionadas, deverá, na época da invasão em apreço, ser muito poderosa belicamente, sabendo que a nação de Israel, desde há muito é líder reconhecida em matéria de estratégia de ataque e defesa. Nesse tempo Israel deve estar muito mais consolidada e fortalecida como nação, do que atualmente, e certamente possuindo maior território do que o atual (conforme Ez 3 8.8). Alguns estudantes da Bíblia julgam ser Gogue e Magogue símbolos dos poderes do mal contra o povo de Deus nos últimos dias, mas nesses capítulos de Ezequiel (38 e 39) vemos tratar-se claramente de povos e nações reais. Também em Gênesis 10.2 onde temos o rol das nações troncos originaram os demais povos, e também em 1 Crônicas 1.5, vemos que trata-se de povos reais e não simples símbolos do mal. O fatos importante nesses dois capítulos de Ezequiel é que Deus assegura que estará ao lado de Israel e intervirá sobrenaturalmente, abatendo esses inimigos do Seu povo: Gogue, o líder que intenta destruir Israel, juntamente com a coalizão de nações sob sua liderança. Duas vezes Deus afirma na citada profecia: “Eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e Tubal.” (Ez 38.3; 39.1).
Os países atuais que situam-se ao norte geográfico de Israel são os que compõem a CEI
(Comunidade dos Estados Independentes), a ex-União Soviética. Esse bloco de nações adotavam o comunismo ateu até recentemente como sistema político de governo, e ainda relutam nesse sentido. Metamorfoses políticas em grande escala vêm ocorrendo naquela parte do mundo, como é o caso da já citada CEI e também da UE (União Européia), antes conhecida como MCE (Mercado Comum Europeu).
GOGUE INVADIRÁ ISRAEL
O estudo meticuloso das profecias mencionadas no início deste Texto, mostra que Gogue - a nação ou bloco de nações do norte da Terra, em relação à Israel, invadirá esse pais nos últimos dias. A Bíblia localiza Gogue ao norte de Israel (Ez 38.6,1 5; 39.2; Jl 2.20). Essa poderosa nação do norte será ajudada nessa invasão por nações européias, asiáticas e africanas. Veja a lista completa desses atacantes: Magogue, Meseque, Tubal (Ez 3 8.2,3). Persas, etíopes, Pute, Gômer, Togarma, e muitos povos (Ez 38.5,6). Líbios (Dn 11.43).
Pelo estudo dos capítulos 38 e 39 de Ezequiel, e 10 de Gênesis, vemos que muitos nomes geográficos estão hoje modificados devido a evolução das línguas e os problemas de tradução e transliteração. O estudo comparativo da etnologia antiga e moderna dessas regiões, facilitará a identificação das mesmas:
- 1. Gogue. Magogue. Meseque. Tubal (Ez 3 8.2,3). No versículo 2, a “Tradução Brasileira” emprega a expressão “prínci,pe de Rós“, sendo “Rôs” uma transliteração direta do hebraico, que muitos pensam significar “Rússia”, neste contexto da profecia de Ezequiel. As versões de Almeida “Atualizada” e “Corrigida”, empregam a expressão “príncipe e chefe “.
- Gogue, o próprio texto bíblico explica que se trata do governante de Meseque e Tubal, da terra de Magogue.
- Magogue. Meseque, Tubal. Regiões primitivas ocupadas pelos citas e tártaros, grandes remos do passado, correspondendo hoje à moderna CEI (Comunidade dos Estados Independentes). Josefo declara que Magogue ocupa a região das citas e tártaros (Josefo, Vol.1.6.1). Meseque converteu-se graficamente em Tubal é o moderno nome de Tobolsk, uma das principais cidades russas.
- Gômer, Togarma (Ez 38.6). Gômer veio a Germânia e modernamente a Alemanha, corresponde a Armênia e Turquia.
- Persas, etíopes. Pute (Ez 3 8.5). A Pérsia tem o moderno nome Ira. Ela adotou este nome em 1935. Em 1932 ela firmou um acordo com Moscou, que em caso de guerra as forças da Rússia terão permissão de cruzar seu território para atacar a Mesopotâmia. Segundo esta profecia de Ezequiel 38.5, o Irá tornar-se-á comunista ou pró-comunista. A Etiópia moderna é fácil localizar pelo seu outro nome: Abissínia. A Etiópia original ficava na bacia dos rios Tigre e Eufrates (Gn 2.14). Daí seus habitantes emigraram para a África e fundaram o extenso reino da Etiópia, do qual hoje a Abissinia é uma pequena fração. Etiópia é palavra grega; em hebraico é Cuxe ou Cush. Os etíopes originaram muitos povos africanos. Pute é a atual Líbia, vizinha do Egito. A Pute primitiva era uma região muito mais extensa. Esses dois últimos povos (líbios e etíopes) são também mencionados na profecia de Daniel 11.43, pertinente ao assunto em pauta.
MOTIVOS DA INVASÃO DE ISRAEL POR GOGUE
Os motivos da invasão de Israel por Gogue serão principalmente dois: as riquezas de Israel, inclusive as do Mar Morto (Ez 38.11,12), e a posição estratégica que Israel ocupa. “Assim diz o Senhor Deus: Esta é Jerusalém; pu-la no meio das nações e terras que estão ao redor dela. “ (Ez5.5).
Gogue será derrotado no próprio pais de Israel (Ez 39.4,5). Será uma sobrenatural intervenção divina (Ez 38.1 9,20). Haverá também rebelião entre as próprias tropas atacantes (Ez 38.2 1). Tremendos flagelos sobrenaturais atingirão em cheio o inimigo (Ez 3 8.22). O morticínio será incalculável (Ez 39.1 2).
Muitos confundem esta guerra de Gogue e seus aliados contra Israel, com a Batalha de Armagedom, de que tratamos noutra Lição. Há muita diferença entre os dois conflitos. O ataque de Gogue contra Israel começará no início da 70ª “semana” de Daniel 9.27, isto é, no início da Grande Tribulação (ou um pouco antes). Já o Armagedom ocorrerá no final da “semana “. Na invasão de Israel por Gogue, apenas um grupo de nações participará; já no Armagedom participarão “todas as nações” (Ap 16.14; 19.19; JL 3.2; Zc 12.3b; 14.2-4,9).
No época da invasão de Israel por Gogue, o bloco de dez nações, na área do antigo Império Romano, já está formado, e o Anticristo em evidência, ocultando sua verdadeira identidade e propósito.
A queda total e irrecuperável de Gogue e seus aliados, originará um tremendo vazio e desequilíbrio na liderança do poder político e bélico mundial. O vazio deixado pela queda de Gogue deixará o caminho aberto para o surgimento imediato do Anticristo no cenário mundial, como líder e salvador da crítica situação mundial.
CONVERSÃO EM MASSA DE JUDEUS.
Como resultado da intervenção divina salvando miraculosamente Israel, os judeus e as nações da Terra reconhecerão que há um Deus que governa todas as coisas. “Manfestarei a minha glória entre as nações, e todas as nações verão o meu juízo, que eu tiver executado, e a minha mão, que sobre elas tiver descarregado. Desse dia em diante, os da casa de Israel saberão que eu sou o Senhor seu Deus. “(Ez 39.21,22). Isso resultará na conversão de muitos judeus e no derramamento do Espírito Santo.
O CUMPRIMENTO PARCIAL DA PROMESSA DO ESPÍRITO SANTO
Em Joel 2.20, vemos o Senhor destroçando o exército invasor que vem do norte, e, no versículo 28, temos a promessa do derramamento do Espírito Santo. Essa promessa cumpriu-se parcialmente no Dia de Pentecoste (At 2.16,17). Por que dizemos parcialmente? - Por duas razões: primeiro, em Joel 2.28 fala de derramar “O” Espírito, o que significa um derramamento pleno. Já em Atos 2.17, a Palavra fala de derramar “DO” Espírito, o que significa um derramamento parcial. São pequenas palavras que alteram grandemente o sentido habitual das coisas.
Segundo, no Dia de Pentecoste, e desde então, não se cumpriram os sinais preditos em Joel 2.30,31, os quais ocorrerão somente durante a Grande Tribulação (Mt 24.29; Ap 6.12-14; At 2.19,20). Haverá, portanto, um grande despertamento espiritual entre os judeus, resultando em muitas conversões. Leia Joel 2.31,32, atentando bem para a conjunção ~ ligando o versículo 31 ao 32.
“Então sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome.” (Mt 24.9). Esta última referência é muitas vezes aplicada à Igreja, quando na verdade trata-se de Israel nesse tempo, e dai para a frente. O derramamento do Espírito Santo que teve inicio entre os judeus, no Dia de Pentecoste, foi interrompido, mas, terá então pleno cumprimento, e precederá de fato o “Dia do SENHOR” (At 2.17,20).
OS 144.000 JUDEUS SALVOS DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO
Esta obra começará nesse tempo. Serão selados por anjos de Deus. Esse selo, refere-se certamente ao que está descrito em Apocalipse 14.1, isto é, os 144.000 são representantes das tribos. Certamente dentre eles sairão os missionários que levarão ao mundo a Palavra de Deus, conforme afirma a profecia de Isaias 66.1 9. Eles substituirão a Igreja na obra de testemunhar de Deus. Deus nunca ficou sem testemunho, nem mesmo durante a apostasia de Israel (1 Rs 19.19; Rrn 11.5). A mensagem que eles pregarão não é o Evangelho que conhecemos,mas o chamado “evangelho do reino” (Mt 24.14), o qual anuncia a iminente volta do Salvador à Terra e o julgamento das nações impenitentes. Esse Evangelho foi anunciado por João Batista (Mt 3.2), por Jesus (Mt 4.23), e pelos doze apóstolos (Mt 10.7); mas, como os judeus rejeitaram o Rei, o Evangelho passou a ser anunciado a todas as nações (Mt 28.19).
As palavras de Jesus em Mateus 10.23, sem dúvida referem-se a esse tempo em que os judeus pregarão o Evangelho antes da Sua volta. Os pormenores do contexto da passagem em foco, mostram tratar-se de eventos futuros. “Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do homem.” O resultado do testemunho dos judeus durante a Grande Tribulação vê-se na grande multidão salva dentre todas as nações, na época da Tribulação (Ap 6.9-1 1; 7.9). Os mensageiros de Deus sofrerão muito (Mt 24.9). O Evangelho do reino é constituído de ensino, pregação e milagres (Mt 4.23). Logo, haverá muito milagre.
Muita gente fica chocada por não ver despertamento espiritual em Israel atualmente. Ora, a Bíblia revela que primeiro virá o despertamento nacional, político. Isto está acontecendo perante os nossos olhos, hoje (Ez 37.1-8). Depois é que virá o despertamento espiritual (Ez 37.9-14).
Por que dizemos parcialmente? - Por duas razões: primeiro, em Joel 2.28 fala de derramar “O” Espírito, o que significa um derramamento pleno. Já em Atos 2.17, a Palavra fala de derramar “DO” Espírito, o que significa um derramamento parcial. São pequenas palavras que alteram grandemente o sentido habitual das coisas.
Segundo, no Dia de Pentecoste, e desde então, não se cumpriram os sinais preditos em Joel 2.30,31, os quais ocorrerão somente durante a Grande Tribulação (Mt 24.29; Ap 6.12-14; At 2.19,20). Haverá, portanto, um grande despertamento espiritual entre os judeus, resultando em muitas conversões. Leia Joel 2.31,32, atentando bem para a conjunção ~ ligando o versículo 31 ao 32.
“Então sereis atribulados, e vos matarão. Sereis odiados de todas as nações, por causa do meu nome.” (Mt 24.9). Esta última referência é muitas vezes aplicada à Igreja, quando na verdade trata-se de Israel nesse tempo, e dai para a frente. O derramamento do Espírito Santo que teve inicio entre os judeus, no Dia de Pentecoste, foi interrompido, mas, terá então pleno cumprimento, e precederá de fato o “Dia do SENHOR” (At 2.17,20).
A GRANDE TRIBULAÇÃO
O Tipo de Paz que a Terra Gozará Nessa Época
As passagens bíblicas supracitadas e outras semelhantes, falam da paz e prosperidade que a Terra experimentará no princípio do governo centralizado da Besta. Daniel 11.36 diz que o seu govemo será próspero. Ela convencerá o mundo de que está raiando a era da paz e do progresso com que a humanidade sonhava. A política, a religião, a economia, e a ciência, serão suas metas principais. A ciência atingirá um ponto nunca alcançado. Todo esse progresso será falso, porque será superficial e durará pouco. Logo depois, a Besta revelará seu verdadeiro caráter maligno, ao mesmo tempo em que os juízos desencadeados do Céu, sob os selos, as trombetas e as taças registrados nos capítulos 6 a 18 de Apocalipse, porão tudo a descoberto, mostrando que as multidões foram completamente iludidas.
O Cavaleiro e Seu Cavalo (Ap 6.2)
O cavalo e sua cor branca, falam da conquista, vitória e paz. O cavalo nas guerras antigas era elemento de primeira necessidade. O arco do cavaleiro fala do longo alcance e amplitude de seus empreendimentos. A sua arrancada será a princípio, vitorioso, inclusive porque não enfrentará qualquer protesto e oposição da verdadeira Igreja. Nesse tempo ela já estará na glória com o Senhor.
A coroa, o cavalo branco e a arrancada vitoriosa do Anticristo, tudo fala dele como o falso messias e solucionador das crises mundiais. Seu governo será a falsificação do milênio de Cristo. Sim, ele imita o Cristo verdadeiro, que monta outro cavalo branco. “Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro, e julga e peleja com justiça.” (Ap 19.11).
Cristo quem abre o selo, conforme o versículo 1 que, juntamente com o versículo 2, tratam do cavaleiro e seu cavalo branco. O branco aí representa a paz e a prosperidade que o Anticristo a princípio promoverá. Além disso, os componentes de uma comitiva de Cristo, é de se esperar que sejam de melhor qualidade, e não como os que são vistos no capítulo 6 de Apocalipse. A comitiva de Cristo é de exércitos do Céu (Ap 19.14). Já aqui, em Apocalipse 6.3-8 vemos uma comitiva macabra, aterradora, infernal. No versículo 4 vemos discórdia, luta e morte. Logo, o cavaleiro e seu cavalo branco, em Apocalipse 6.2, falam da falsa paz e prosperidade mundial que o Anticristo forjará e apresentará ao mundo, ao emergir no cenário internacional (1 Ts 5.3).
O Número da Besta: 666
A Besta terá um nome, no momento desconhecido. O número resultante desse nome será
666 (Ap 13.17,18).
Três coisas a Bíblia diz sobre a Besta: seu nome, número e marca. No momento, só o seu número nos é revelado: 666. A pessoa e o nome serão revelados após o arrebatamento da Igreja (2 Ts 2.7,8). Portanto, os que estão aguardando o arrebatamento da Igreja, não necessitam saber disso agora; os que aqui ficarem saberão ... O número repartido três vezes no nome da Besta, fala da suprema exaltação do homem, cujo número na numerologia bíblica é 6. As três vezes, pode significar o homem exaltando-se a si mesmo como se fosse Deus, como está dito em 2 Tessalonicenses 2.4. O número do Deus trino é 3.
Quanto a Besta ter número, convém notar que as nações mais adiantadas projetam pôr em prática um sistema de números permanentes para todos os cidadãos, a partir do nascimento ou da naturalização, visando o controle total da população. Os computadores já estão fazendo isso, controlando animais e mercadorias. Entramos na era em que tudo será controlado à base de números. Em todos os países já há muita coisa controlada à base de números permanentes.
ASSIM SERÁ A GRANDE TRIBULAÇÃO
A palavra tribulação significa literalmente comprimir com força, como se faz com as uvas no lagar, ou com a cana de açúcar na moenda. A tribulação aqui tratada, abrange o período da ascendência e governo do Anticristo. O termo tribulum, da latim, também leva ao mesmo sentido.
Duração da Grande Tribulação
A Grande Tribulação abrangerá um período de sete anos, dos quais os piores serão os últimos três anos e meio. Quanto a esse período, diz a Escritura:
“Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará .em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade dum tempo.” (Dn 7.25).
“Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a boca em blasfêmias contra Deus> para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu.” (Ap 13.5,6).
O sofrimento nesse tempo será de tal monta que, se durasse mais tempo ninguém escaparia com vida. “porque nesse tempo haverá grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido, e nem haverá jamais. Não tivessem aqueles dias sido abreviados, e ninguém seria salvo, mas., por causa dos escolhidos tais dias serão abreviados. “(Mt 24.21,22).
A Pior Fase da Grande Tribulação
A primeira menção bíblica da tribulação está em Deuteronômio 4.30: “Quando estiveres em angústia, e todas estas cousas te sobrevierem nos últimos dias, e te voltares para o Senhor teu Deus, e lhe atenderes a voz. Outras passagens que podem ser lidas agora, são: Dt 31.29; Is 13.9-13; 34.8; Ez 20.33-37; Jr 30.5,11; Dn 12.1; JJ 1.15. Como já dissemos, a pior fase da Grande Tribulação, será quando o Anticristo romper sua aliança feita com os judeus, e começar a persegui-los. Tal fato ocorrerá quando ele exigir adoração e os judeus recusarem oferecê-la. Os “santos” perseguidos pela Besta, referidos em Daniel 7.2 1,25 e Apocalipse 13.7, são, em primeiro plano.
Ao romper sua aliança com os judeus, o Anticristo romperá também com a igreja apóstata, da qual ele recebeu apoio enquanto necessitou da sua influência para galgar o poder, e a destruirá (Ap 17.16). Ele destruirá a igreja falsa para implantar a nova forma de adoração dele mesmo.
Apesar da Grande Tribulação visar em primeiro lugar os judeus, o mundo todo sofrerá os seus efeitos Jr 25.29-32; Ap 13.7,8). Deus entrará em juízo com o Seu antigo povo,_para expurgalo e levá-lo ao arrependimento e conversão (Ez 20.33-39; Jr 30.7; Zc 14.2a; 13.8,9 12.9; Rm 11.26,27; Mt 23.39).
A descrição mais detalhada e completa que temos da Grande Tribulação é a que se encontra em Apocalipse, capítulos 6 a 18. Os capítulos 6 a 9 abrangem a primeira parte, chamada Tribulação. Os capítulos 10 a 18 abrangem a segunda parte, denominada Grande Tribulação. Esta última parte é referida em Apocalipse e Daniel como “quarenta e dois meses “, “um tempo, dois tempos e metade de um tempo” e “mil duzentos e sessenta dias” (Ap 11.2,3; 12.6,7,14; 13.5; Dn 7.25). É nesse tempo de justiça divina que as sete piores pragas, sob as taças de juízo, serão derramadas na Terra, como vemos em Apocalipse, capítulos 15 e 16. Nesse tempo, as forças da natureza que operam nos Céus entrarão em convulsão (Mt 24.29; Jl 2.20). É interessante notar em Apocalipse, a partir do capítulo 6, quantas vezes os Céus são mencionados como palco de tremendos eventos.
Em Isaias 13.11, Deus afirma: “Castigarei o mundo por sua maldade, e os perversos por causa da sua iniqüidade; farei cessar a arrogância dos atrevidos> e abaterei a soberba dos violentos.”
Talvez porque nesse tempo de apostasia, o povo não crerá no Inferno (como milhões fazem hoje), haverá nesse mesmo tempo uma amostra do Inferno para eles, durante cinco meses. Apocalipse 9.1-6 dá conta disso.
HAVERA SALVAÇÃO DURANTE A GRANDE TRIBULAÇÃO?
Muitos perguntam: “Haverá salvação durante a Grande Tribulação?” Sim, haverá. É fácil provar biblicamente. Uma única passagem como a de Apocalipse 7.14 bastaria para isso. “Respondi-lhe: meu Senhor tu o sabes. Ele, então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras, e as alvejaram no sangue do Cordeiro. ‘~ A melhor tradução deste texto é a de Almeida Revista e Atualizada. O verbo “vir” está de fato no tempo presente. Outras passagens que evidenciam a salvação durante a Tribulação: Ap 6.9-1 1;12,17; 7.9-11; 15.2; 20.4; JI 2.32, diz: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém estarão os que forem salvos, assim como o Senhor prometeu, e entre os sobreviventes aqueles que o Senhor chamar”.
Como Haverá Salvação nesta época?
Muitos objetam aqui, dizendo: Como pode haver salvação nessa época quando a dispensação da Graça terá findado e o Espírito Santo terá arrebatado a Igreja? Perguntar assim é ignorar o plano de Deus através da Bíblia, para com o homem que Ele criou. A esta pergunta respondemos com outra pergunta: Como o povo se salvava antes da dispensação da Graça, e, como operava o Espírito Santo nessa época? O povo salvava-se pela fé no Redentor prometido que havia de vir. Isso era também salvação pela graça (At 15.11; Ef 1.4; 1 Pe 1.19,20; Ap 13.8). Eles também tinham o Evangelho (Gl 3.8; Hb 4.2).
Agora, uma coisa é certa: as condições espirituais prevalecentes durante a Tribulação, não serão favoráveis como hoje. Tremendas trevas espirituais envolverão o mundo. Haverá também oposição sem paralelo. Não poderá ser de outra maneira, pois trata-se do reino do Anticristo. Haverá, sim, multidões de salvos dentre os judeus e os gentios. Em Apocalipse 6.9-11 e 7.9-11, vemos uma multidão de gentios salvos no Céu, porém saídos da Terra, após sofrerem martírio. No meio dessa multidão estarão aqueles que não subiram no arrebatamento, e, despertados por tal fato, decidirão permanecer fiéis, a despeito de toda e_qualquer prova_e sofrimento. Sim, haverá santos durante a Grande_Tribulação.
As Duas Testemunhas (Ap 11)
Durante os negros dias da Tribulação haverá duas testemunhas especiais da verdade divina, profetizando aqui na Terra (Ap 11.3-12). Esses dois homens serão intocáveis até que cumpram a sua missão (Ap 11.7). Ambos serão mortos pela Besta. Comparando-se Zacarias 4.11-14 com Apocalipse 11.4, vê-se que essas duas testemunhas estão agora no Céu. Devem ser Enoque e Elias, do Antigo Testamento. Ambos não passaram pela morte (Gn 5.24 e 2 Rs 2.11). Moisés não pode ser um deles, pois morreu (Dt 34.5,6). E, aos homens está ordenado morrerem apenas uma vez (Hb 9.27); ao passo que essas testemunhas ainda morrerão aqui.
O fato não é relevante para a Igreja do Senhor, uma vez que quando essas duas testemunhas atuarem aqui, a Igreja já estará com Cristo na glória. Certamente a permanência de Enoque e Elias no Céu (se são eles), em corpos fisicos, são casos especiais. As palavras “Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber o Filho do homem”, de João 3.13, têm sentido diferente daquele que geralmente se pensa. Significam subir ao Céu por seu próprio poder.
O MILÊNIO EM RELAÇÃO À IGREJA
No Milênio a Igreja estará glorificada com Cristo. Ela é o Seu povo especial, como povo espiritual. “o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda a iniqüidade e purificar para si um povo especial, zeloso de boas obras.” (Tt 2.14 - ARC). Já Israel é um povo especial de Deus, para uma missão terrena. “Porque tu és povo santo ao Senhor, teu Deus; o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra. “(Dt 7.6).
A Igreja Estará Glorificada no Milênio
A Igreja estará glorificada com Cristo na Jerusalém celeste (Cl 3.4; 1 Pe 5.1; Rm 8.17,18). Vemos assim, mais uma vez, que o Milênio será uma época de manifestação da glória de Deus:
glória da Jerusalém celeste, glória no templo milenial, e glória na Igreja. Essa glória divina, o homem perdeu ao cair (Rm 3.23), mas com o advento de Jesus em Belém, ela começou a ser-lhe restaurada (Lc 2.9,14).
Os salvos virão à Terra sempre que quiserem. Teremos um corpo como o de Cristo ressurreto, que se locomovia sem limitações (Fp 3.21; Jo 20.19, 26; Lc 24.15,31).
O Conhecimento de Deus Será Universal
O conhecimento divino, abundante durante o Milênio, não virá primordialmente pelo
estudo. Será antes intuitivo (Is 11.9; Jr 3 1.34; Hc 2.14). Isso será maravilhoso! Os judeus, por sua vez, continuarão levando a efeito um grande movimento missionário (Is 66.19). Conforme Isaias 52.7, a evangelização estará em primeiro plano. Aí trata-se da pregação das boas-novas. Multidões serão salvas. A população da Terra crescerá rapidamente sob as benignas condições do Milênio. Se não houvesse salvação durante o Milênio, este seria uma decepção.
A ÚLTIMA REVOLTA DE SATANÁS
No final da execução do plano de Deus para este mundo, ocorrerão três grandes conflitos ou guerras. O primeiro é o que está registrado em Ezequiel, capítulos 38 e 39. Um bloco de nações chefiadas pela nação do “Norte”, invadirá Israel no início da Tribulação (ou um pouco antes). Deus intervirá de maneira sobrenatural a favor de Israel e os atacantes serão totalmente destruidos.
O segundo conflito armado é o de Zacarias 14.1-4; Joel 3.9,12 e Apocalipse 16.13-16;
19.11-21. Aqui, o Anticristo chefiando todas as nações do mundo avança para exterminar Israel
e lutar contra Deus. O Senhor Jesus então descerá do Céu e destruirá todos os exércitos atacantes.
O Anticristo e seu Falso Profeta serão lançados vivos no lago de fogo e enxofre, e Satanás ficará
preso por mim anos. Isso ocorrerá no final da Grande Tribulação.
O terceiro conflito está descrito em Apocalipse 20.7-10. Aqui Satanás engana e subverte as nações contra Deus. Deus então derramará fogo do Céu e consumirá a todos. Satanás será lançado no seu lugar definitivo: o lago de fogo e enxofre. Isso se dará no final do Milênio. Desta maneira, os que nascerem durante o Milênio terão uma oportunidade de escolha: obedecer a Deus ou ao diabo. No princípio da história humana Adão teve tal oportunidade. Agora, no final da história humana, o homem igualmente tê-la-á.
Será a última rebelião que Satanás instigará contra Deus.
“Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e
sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a
fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar
(Ap 20.7,8).
Quem é Gogue e Magogue, em Apocalipse 20.8?
Gogue e Magogue, em Apocalipse 20.8, são as nações rebeladas contra Deus, instigadas por Satanás, e conduzindo um furioso ataque contra os santos. Não se trata absolutamente de Gogue e Magogue relatados em Ezequiel, capítulos 38 e 39. Vejamos na página seguinte as razões disso num quadro comparativo.
POR QUE SATANÁS SERA SOLTO
Após mil anos de paz, justiça e prosperidade para todos, sem o Tentador, este volta às suas atividades malignas.
“Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas é como a areia do mar. Marcharam, então, pela superficie da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos. “(Ap 20.7-10).
O Por Que Dessa Soltura Momentânea Vejamos algo do por que disso; dessa liberdade tão curta de Satanás:
- a) Provar os que nasceram durante o Milênio. Lembremo-nos de que nem Jesus foi isento de tentação.
- b) Revelar que o coração humano não convertido, permanece inalterado, mesmo sob o reino pessoal do Filho de Deus. Hoje em dia o homem culpa o diabo por suas maldades, infortúnios, transgressões e quedas. Durante o Milênio não haverá diabo nenhum para tentar, mas ver-se-á que os mil anos de bênçãos inigualáveis sob Cristo, não transformará o homem. O problema não é de ambiente; é de coração.
- d) Demonstrar que Satanás é totalmente incorrigível. Veja que após passar mil anos na prisão, Satanás é o mesmo de sempre.
Será essa uma revolta mundial. Aqueles que atualmente gostam de revoltas e de promovêlas, assim como contendas, divisões, rebeliões, saibam que tudo isso procede do Inferno. Essa úl tima revolta de Satanás será imediatamente neutralizada e os revoltosos, exterminados (Ap 20.9).
- c) Demonstrar pela última vez quão pecaminosa é a natureza humana, e que o homem por si mesmo jamais se salvará, mesmo sob as melhores condições. O homem falhou antes, sob todas as condições favoráveis possíveis; sob a Lei e a Graça, e, agora sob as condições gloriosas do Milênio. Esse fracasso final do homem é uma explicação de Tiago 1.14, onde vemos que o mal é residente, imanente em nós. Somos pecadores por natureza. A inclinação para pecar éimanente no homem, desde que nasce (Sl 58.3; 5). Só o sangue de Jesus Cristo pode purificar-nos detodo pecado (1 Jo 1.7).
O Julgamento dos Anjos Caídos
É consentâneo crer que os anjos decaídos, tanto os livres que trabalham agora para Satanás, como os aprisionados “...para o juízo do grande Dia...” (Jd v. 6) e ainda os demônios, serão julgados juntamente, com o diabo, a quem eles acompanharam, obedeceram e serviram (Ap 20.10; 2 Pe 2.4; Jd v. 6; Lc 8.3 1; Mt 8.29).
A Igreja certamente estará associada neste juízo, pois travou renhido combate contra o diabo e suas hostes. E pois justo que a Igreja os julgue também. “Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos?... “(1 Co 6.3). Este evento marcará o ponto final da libertação de ação do diabo, dos anjos decaídos e dos demônios. É o final da sua carreira maligna (Mt 25.41).
O JUÍZO FINAL
Nessa ocasião os impios falecidos, de toda~ã épocas, ressuscitarão com seus cornos literais e imortais, porém carregados de pecado (Ap 20.1 1-15; Mt 10.28). Esse julgamento será para aplicação de sentenças, pois o pecador já está condenado desde quando não crê no Filho de Deus como seu Salvador. João 3.18, diz: “Quem nele crê não é julgado; o que não crê)á está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.”
O Grande Trono Branco
“Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cujapresençafugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
“Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros.”
(Ap 20.1 1,12). 1. “De cuja presença fugiram a terra e o céu”}At 20.11). Assim como o sol, ao nascer, ofusca a lua e as estrelas, e estes parecem recuar para o infinito, e não podem ser vistos devido a superior claridade do sol, o mesmo ocorrerá com a Terra e o Céu quando o Filho de Deus se manifestar na Sua excelsa glória para julgar os mortos. É a glória que eles (os mortos) se privaram de participar quando em vida escolheram viver no pecado. No Juízo das Nações, que ocorreu antes do Milênio, Jesus fez o mesmo ante os vivos, aparecendo cheio de glória e majestade
(Mt 24.30; 25.31). 2. “Os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono” (Ap 20.12).
“Grandes” e “pequenos” aí, têm a ver com importância, posição, prestígio, influência, e não com tamanho ou idade. Veja à luz do original os seguintes contextos: Ap 11.18; 13.16; 19.5,18; Mt 10.42; At 8.10; 26.22.
O Julgamento e os Livros no Céu
“... Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os
mortosforam julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito
nos livros.” (Ap 20.12).
Alguns desses livros devem ser:
- O livro da consciência (Rm 2.15; 9.1).
- O livro da natureza (Jó 12.7-9; Rm 1.20; S119.1-4).
- O livro da Lei (Rm 2.12); Ora, a Lei revela o pecado (Rm 3.20).
- O livro do Evangelho (Rm 2.16; Jo 12.48).
- O livro da nossa memória (Lc 16.25: “Filho, lembra-te... “); Mc 9.44 (aí deve ser uma alusão ao remorso constante no Inferno. Ver o contexto: versículos 44-48).
Ler ainda Jr 17.1).
- O livro dos atos dos homens (Ap 20.12; Mc 12.36; Lc 12.7; Ml 3.16).
- O livro da vida (Ap 20.12; Sl 69.28; Dn 12.1; Le 10.20; I~p43).
do “livro da vida” nessa ocasião é certamente para provar aos céticos julgados, que seus nomes não se encontram nele (Mt 7.22,23).
Os Que Morreram Sem Conhecer o Evangelho
Quanto aos que morreram sem conhecer o Evangelho, deixemos com Deus. Sendo Deus perfeito em justiça como é, terá um lei parajulgar os que pecaram sem lei, isto é, sem conhecerem a lei (Rm 2.12). De uma coisa estejamos certos: diante de Deus ninguém é inocente, inclusive os pagáos (Rm 2.15; 10.18; Is 5.3b; S119.3,4; Já 12.7-9). O “Juiz de toda a terra” saberá fazer justiça (Gn 18.25). Só Ele é o juiz dos que morreram (Àt 10.42); e a Bíblia assegura que ojuízo de Deus é “segundo a verdade” (Rm 2.2), e que os juízos de Deus são verdadeiros e justos (Ap
16.7).
A RENOVAÇÃO DOS CÉUS E DA TERRA
Satanás, seus anjos e demônios, ainda não estão ocupando o Inferno final, mas este já está preparado para eles (Mt 25.41). Desde que Satanás foi expulso do Céu, com os anjos que o seguiram na sua rebelião contra Deus, o espaço tem sido a sede de suas atividades, e a Terra, o seu principal campo (Ef 2.2; 6.12; Jó 2.2). Durante a Grande Tribulação, ele foi expulso dos céus estelares para a Terra (Ap 12.8,9,12b).
Uma vez Satanás lançado no lago do fogo e enxofre, Deus começará estabelecer o Seu reino eterno.
Novos Céus e Nova Terra
“Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição dos homens impios.”
“Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.”
“Visto que todas essas co usas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade,”
“esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os derreterão.”
“Nós, porém, segundo a sua promessa, esp eramos novos céus e nova terra, nos
quais habita justiça. “ (2 Pe 3.7,10-1 3).
Somente obras humanas serão consumidas (Hb 12.27; 2 Pe 3.10). O mesmo Deus que preservou a sarça, de se consumir (Ex 3.2), e tornou imune ao fogo os três jovens hebreus (Dn 3.25), também pode preservar o povo salvo, saído do Milênio e tudo mais que Ele quiser, durante esta expurgação final dos Céus e da Terra. “Ponho as minhas palavras na tua boca e te protejo com a sombra da minha mão, ara ue eu estenda novos céus, unde nova terra e di a a Sião: Tu ésomeu povo.” (Is 51.16). c-~r~u~ ~ &LD
Quando o juízo divino caiu sobre o Egito por oprimir o povo de Deus, enquanto os primogênitos dos egípcios eram mortos, os judeus eram preservados pela providência divina através do sangue protetor (Êx 12.23). Milagre idêntico ocorrerá aqui.
Por que Céus e Não Somente Terra Serão Expurgados?
Já dissemos que o espaço sideral está contaminado pela ocupação de Satanás e seus agentes (Jó 15.15; Mt 13.4,19; Ec 10.20). Assim vemos que esse ato divino extinguirá o pecado do universo todo. Aqui se cumprirá integralmente João 1.29: “... Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” Mundo aí, é kosmos no original, que na Bíblia implica não somente a humanidade, mas o próprio mundo fisico em que ela habita, como já mostramos anteriormente. Cumprir-se-á então também, plenamente, Mateus 5.5: “Bem-aventurados os mansos, or ue herdarão a terra.” Não uma Terra como a atual em que o pecado cam³eiae satura, mas aquela deque estamos tratando (S1 37.11,29; 115.16).
sesse tempo haverá perfeita harmonia entre o Céu e a Terra. “...e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as co usas, quer sobre a terra, quer nos céus.” (Cl 1.20). Nesse tempo “céu e terra hão de ser a mesma grei “, como bem diz o poeta saqro. Sim, porque o muro de separação (o pecado), já foi desfeito totalmente.
O ETERNO E PERFEITO ESTADO
Durante Seu ministério terreno, Jesus fez menção de uma nova era que há de vir na consumação do atual sistema mundial; mas é nos capítulos 21 e 22 de Apocalipse que se encontram literalmente descritas as glórias desta maravilhosa era, quando Deus será tudo em todas as coisas. Aqui finda o tempo na história humana e começa g “dia eterno “, conforme 2 Pedro 3 18 (ou “dia da eternidade“, como registra a Versão Revista e Corrigida). A santa cidade de Jerusalém celestial baixará de vez sobre a Terra - a nova Terra, tendo seu relevo totalmente diferente, como jã mencionamos neste livro (Ap 2 1.2,10).
Todas as coisas terão sido restauradas (At 3.21), enquanto que a Igreja, em estado de glória e felicidade eternas, governará a Terra sob o senhorio de Cristo (Dn 7.18,27).
As Perfeições do Eterno e Perfeito Estado
- Santidade Perfeita. “... Nunca mais haverá qualquer maldição”(Ap 22.3). Isto é, não haverá mais pecado, o que resultará em santidade perfeita. Foi o pecado que trouxe toda sorte de maldição (Gn 3.17; Gl 3.13).
- Governo Perfeito. “... Nela (a Nova Jerusalém), estará o trono de Deus e do Cordeiro” (Ap 22.3). O homem não tem sabido, nem podido governar bem a Terra. Todas as tentativas humanas nesse sentido fracassaram: os gregos, através da cultura; os romanos, através da força e da justiça; os governantes dos nossos tempos, através da ciência e da olítica. Mas Cristo exercera um governo perfeito, no Seu tempo.
- Serviço Perfeito. “... Os seus servos o servirão” (Ap 22.3). O maior privilégio do homem é servir a Deus. O trabalho de Deus será então perfeito. Culto perfeito. Atividades perfeitas. Certamente, a partir daí será ocupado o infinito Universo. Quantas maravilhas não aguardam os salvos!?
- Visão Perfeita. “Contemplarão a sua face... “(Ap 22.4). Somente com uma visão perfeita será isso possível. O que não será uma só mirada no seu rosto? Aqui neste mundo, servos dificilmente (e talvez nunca) vêem a face de seus senhores, chefes de nações, mas nós veremos o Senhor face a face.
- Identificação Perfeita. “... e na sua fronte está o nome dele. “(Ap 22.4). Nome, na Bíblia, fala de caráter; daquilo que a pessoa de fato é. Haverá então uma perfeita identificação entre Deus e os Seus remidos. O sumo sacerdote levava gravadas numa lâmina de ouro puro, sobre a sua coroa sagrada, as palavras: “... Santidade ao Senhor” (Êx 39.30), mas naquela época de santidade perfeita, o próprio nome de Deus estará sobre a fronte dos Seus. 6. Iluminação Perfeita. “Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles...” (Ap 22.5). O nosso conhecimento será então perfeito dentro do plano humanQ em gJ&ia Às k.’z.t~s quc até cnt~i~ teremos, serão ofuscadas pelo superior e abundante conhecimento divino (1 Co L1.12).
A Bíblia menciona ainda uma sucessao de eras futuras. sobre as qzmis i,a,-I~’ ,~,<z,s ~ ~zIítc,presente. “para mostrar~ nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Crista Jesus.” (Ei 2.7). Certamente, à medida que essas eras bíblicas forem pa.~sandu, çuiúie.;ereiiios iriais e mais as insondáveis riquezas da Sua graça! E como são insondáveis as riquezas de Cristo! (Ef 3.8). Certamente nessas eras bíblicas futuras, o imenso universo, com seus milhões e milhões de planetas, serão ocupados, pois Deus criou todas as coisas para determinados fins, segundo o Seu eterno plano e propósito.
Deus será então tudo em todos, conforme está escrito em 1 Coríntios 15.28, e, para sempre continuará o eterno e perfeito estado.